terça-feira, 30 de janeiro de 2018

A evasão escolar que envergonha o Brasil

Resultado de imagem para estudantes abandonando a escola


É muito mais caro pagar o custo da evasão no Ensino Médio do que acabar com ela. 
18 mil reais é o quanto custa, em média, manter um estudante na rede pública do 1º ao 3º ano. 
100 mil reais é quanto  a sociedade brasileira gasta ou deixa de ganhar com cada jovem que não se forma no médio.
Nessa conta entram aspectos que variam conforme a escolaridade. Quem estuda menos tende a ter filhos mais cedo, tem mais riscos de doenças crônicas, sofre efeitos da violência e deixa de atrair investimentos nacionais e estrangeiros por não ser mão de obra qualificada. Tudo isso impacta arrecadação de impostos e gera despesas na saúde pública, previdência e assistência social. É o custo social da evasão, que se soma aos prejuízos individuais. Quem para no Fundamental ganha, em média ao longo da vida, 35 mil reais a menos do que quem concluiu o secundário.
A cada ano 1 milhão de jovens deixam de concluir o Ensino Médio, o país perde 100 bilhões de reais a cada 12 meses. É o equivalente ao orçamento do Ministério da Educação (MEC).
Estes informes foi um estudo liderado por Ricardo Paes de Barros, economista - chefe do Instituto Ayrton Senna. Figura central na estruturação do Bolsa Família, PB, é referências em políticas de combate à pobreza. (bit.ly/evmédio).
É um absurdo um jovem não estar frequentando a escola. É muito mais caro lidar com as dores de cabeça geradas pela evasão do que simplesmente acabar com ela. Jovens abandonam os estudos por vários motivos, costumam dizer que é uma questão multidimensional e territorializada ou problemas sociais, como gravidez na adolescência ou necessidade de trabalhar. Em outros casos, é a escola que exclui. Uma escola excludente tem dois traços bem conhecidos. O primeiro é o ensino pouco atraente. A maioria dos especialistas concorda que, no Médio, a metodologia é antiquada e o currículo é distante da realidade dos adolescentes. "O ensino atual não tem significado para a vida prática no século 21", afirma Paes de Barros. O segundo aspecto é a elevada reprovação. Diz a Unesco que o Brasil tem um dos 15 maiores índices de repetência do mundo. Em 2015, 11% ficaram retidos no Ensino Médio, número comparável apenas aos de nações africanas muito pobres (nos países de alta renda, não passa de 2%).
Um aluno não larga os estudos de uma hora para outra, precisa-se estar atento aos sinais e agir antes de abandonar.
E esta é uma tarefa para escola, família, sociedade e governos.

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