quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Resultado de imagem para estudantes excluidos negros

Um ambiente escolar onde há racismo não pode educar.


As escolas no Brasil , antes da constituição de 1988 não era para todos. A evasão era altíssima, havia poucos matriculados e o resultado de tudo isso era catastrófico.
Em 1970, 34% da população brasileira era analfabeta, Hoje é de menos de 10% - um índice ainda alto.
Nos últimos anos os números melhoraram mais não como deveriam melhorar. E para piorar os avanços foram desiguais. O analfabetismo entre negros é de 11,2%. Entre os brancos, de 5%. Quando se olha para os dados do Ensino Médio, mais desigualdade. Hoje, 70% dos alunos brancos de 15 a 17 anos estão nessa etapa de ensino. Entre os negros, esse número cai para 55,5%. A escola pública excelente não era para todos, não é bem o que se revela os números.
E como podemos mudar essa realidade? boa pergunta.
Não é fácil, mas mostrar aos nossos alunos negros que acreditamos neles e que eles são capazes de aprender tanto quanto qualquer outra pessoa, acreditar em seu potencial é um bom começo.
Pesquisas mostram que, mesmo sem se dar conta, muitos professores acreditam menos nos alunos negros. E esses estudantes, muitas vezes, também são mais pobres e vêm de famílias com menos acesso à Educação formal.
Além de encorajar os alunos e dar confiança a eles, podemos também ter outras atitudes, simples mas de grande valor, 'nunca fale que um lápis bege é um lápis cor de pele', nas aulas de português evidencie os grandes escritores negros brasileiros, como Lima Barreto. Em História lembremos que a África também faz parte do currículo. Parece pouco, e é. Mas isso já ajuda o aluno negro a se ver como pertencente à escola.
Não podemos esquecer da biologia, mostrar que é um equivoco dividir nossa espécie em raças. A ciência mostra que a origem de cada um nunca está na cara, cor de pele, tipo de cabelo, porque tudo isso são fenótipos, mas devemos nos basear nos genes - os genótipos.
Sim, a Educação não é capaz de mudar o passado no Brasil. Não somos culpados pelos que vieram antes de nós. Porém, podemos construir um futuro melhor para os que já estão aqui - e para os que vierem depois de nós - com todas as cores que temos, com todas as cores que nossos alunos têm.

Autor: Leandro Beguoci (Nova Escola)

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